04/10/2024

Peço licença para falar sobre mim. Na verdade, esse texto nada mais é do que um painel que decorei com os pensamentos mais íntimos e minhas elocubrações. Não faz muito tempo que comecei minha própria jornada de descoberta pessoal. Isso tem aproximadamente uns cinco anos, ainda não concluí, receio que será algo eterno, porque parece que nunca finda. Quanto mais aprendo sobre mim, mas percebo que nada sei. Nós não nos conhecemos. Muitos não se apresentaram. Carregam opiniões sobre si, com base no que ouviram dos outros, mas nunca se escutaram. Por mais inacreditável que possa parecer nos interessamos muito pouco por nós mesmos. Nessa trajetória, a procurar-me entre todas as versões de Grace, que me habitam ou habitaram, a vida me conduziu a pessoas de todos os tipos, pessoas iluminadas, pessoas confusas e pessoas perdidas. Muitas delas iluminaram meu caminho e outras atrapalharam. Quando você tem um propósito a vida lhe desafia. Acho que ela pensa: – Ela acha que sabe tudo. Vou provar-lhe que não. E aparecem figuras atrapalhadas querendo lhe conduzir por outros caminhos. Só que tenho intuição forte, quanto mais me conheço, essa voz interior se faz mais alta. Paro para ouvi-la, logo volto ao caminho original. Há uma força que me puxa para o eixo. A vida também propõe estratégias para chegarmos ao propósito, e quando fugimos dele, ela se encarrega de nos empurrar de volta. Falo empurrar, porque geralmente o esforço para a retomada é gigantesco. Há brigas, mal-entendidos, desconforto e solidão. Mas, quando tudo se abranda, somos nutridos com bons sentimentos. O coração novamente sereno e em paz se energiza e nos oferece novo pulsar, novo fôlego. E essa caminhada é fascinante. Desde então, tenho me interessado por mim.
Tenho gostado de ficar comigo. Me conhecer tem sido prazeroso.
Sei o que gosto e o que não gosto. Sei o que quero e como quero. Elenquei tudo o que me faz feliz e quando não estou tão formidável assim, recorro a minha lista de atividades felizes. Escolho algumas e torno o meu dia especial. Aprendi que a felicidade não é algo que os outros me trazem, mas algo que eu conduzo de dentro pra fora. Se alimento minha alma com boa comida, me torno saudável e feliz, mas se a alimento com fast-food e outras porcarias, mais cedo ou mais tarde estarei adoecido. Quando me interessei por mim, vislumbrei o que as pessoas viam e o que ninguém via. Hoje estou mais forte, mais feliz, mais calma, mais eu. Porque descobri quem sou, e trabalho arduamente para alcançar todas as minhas potencialidades. Olho pra mim e cada dia me interesso mais. O tão famoso amor próprio me visitou e não me deixa. Nunca fui tão Grace. Nunca tantas graças aconteceram em minha vida. Nunca a gratidão se fez tão forte. Realmente o autoconhecimento é caminho só de ida.
Recomendo sapatos confortáveis, maquiagem que ilumine, comidas saudáveis, café e livros.
A viagem é fascinante, não tem passagem pra volta, é apenas ir…