Uma Reflexão durante o Abril Verde

Por Erika Verde Advogada e Colunista do Portal Dokimasia
Caros leitores,
É com grande satisfação que inicio este artigo, sabendo que tenho a oportunidade de compartilhar com vocês um tema de extrema importância e relevância para nossa sociedade: a conscientização sobre a necessidade de ambientes de trabalho saudáveis e seguros, especialmente neste mês de abril, marcado pelo movimento Abril Verde.
Como advogada comprometida com a defesa dos direitos trabalhistas, é fundamental abordar questões que impactam diretamente a vida e a saúde dos trabalhadores. E é exatamente sobre isso que quero discutir nesta semana.
Os dados alarmantes do SmartLab (Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho) revelam uma realidade preocupante: somente no ano de 2022, foram notificados 612.920 acidentes de trabalho no Brasil, resultando em 2.538 mortes. Esses números são mais do que estatísticas, são vidas perdidas, famílias afetadas e sonhos interrompidos.
É importante ressaltar que esses dados podem ser ainda mais alarmantes quando consideramos a parcela significativa de trabalhadores informais, que muitas vezes não estão inclusos nessas estatísticas oficiais. Estamos falando de pessoas que, diariamente, enfrentam condições precárias de trabalho, expostas a riscos e sem os devidos direitos e proteções.
Neste contexto, a Justiça do Trabalho desempenha um papel fundamental. Ela não apenas garante o cumprimento das leis trabalhistas, mas também busca promover a conscientização e a prevenção de acidentes e doenças ocupacionais. É através dela que os trabalhadores podem buscar reparação por danos sofridos no ambiente laboral e exigir condições dignas de trabalho.
Por isso, é essencial que continuemos lutando por ambientes de trabalho mais seguros, onde os direitos dos trabalhadores sejam respeitados e sua saúde seja preservada. O Abril Verde não é apenas um mês de reflexão, mas uma oportunidade para agir, para cobrar mudanças e para promover uma cultura de prevenção e cuidado.
Como profissionais da área jurídica, temos o dever e a responsabilidade de sermos agentes de transformação, de defendermos os direitos daqueles que muitas vezes não têm voz. Conto com o apoio de vocês nessa jornada!
Um abraço.