Iniciativa apoiada por FAO aprova US$ 68 milhões para sistemas agrícolas BR
Ao todo, 22 países passam a acessar financiamento para combater perda de biodiversidade, degradação da terra, mudança climática e poluição; Quênia e Tanzânia terão projeto para aumentar eficiência hídrica na região do Monte Kilimanjaro.
A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, FAO, fechou uma parceria com 22 países para financiar formas de combate aos danos causados pela mudança climática.
Através do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF, na sigla em inglês), estão sendo investidos US$ 68 milhões em sistemas de solução agrícolas.
Cúpulas ambientais e financiamento
As iniciativas devem ainda responder à degradação da terra, gestão de águas subterrâneas, poluição e perda de biodiversidade.
Os projetos foram aprovados nesta semana durante uma reunião em Washington, capital dos Estados Unidos. A estimativa é o montante final alcance US$ 273 milhões em programas para inclusão social e de redução do uso de produtos químicos perigosos.
O diretor-geral da FAO, Qu Dongyu, afirmou que a aprovação desta série de projetos ocorre no final de um ano de cúpulas ambientais que demonstraram a necessidade de financiamento para levar à transformação dos sistemas agrários.
Somente com essa reforma, se chegará aos objetivos nas áreas de biodiversidade, clima, terra, água e combate à poluição.
Desafios ambientais e insegurança alimentar
Já o presidente do GEF, Carlos Manuel Rodríguez, acredita que esses projetos irão ajudar a produzir alimentos, combustíveis e fibras para lidar com as crises ambientais globais.
Elas também devem aumentar a coerência entre os setores de agricultura e meio ambiente. A meta é apoiar os países e suas comunidades no combate aos desafios ambientais, insegurança alimentar e pobreza.
O Fundo Global acredita que com o financiamento funcionando será a vez de comunicar, de forma mais eficiente, os objetivos e impactos do projeto.
Parte da iniciativa é implementar ações determinadas durante 30 anos para beneficiar pequenos agricultores e organizações da sociedade civil assim como entidades de base.
Monte Kilimanjaro e segurança hídrica
O programa também quer fortalecer a Cooperação Sul-Sul com foco na inovação e na inclusão social de jovens, mulheres e povos indígenas. Para essa fase, estão sendo destinados US$ 19 milhões.
A FAO informou que 14 países vão ser beneficiados nesse primeiro momento incluindo Chile, Cuba, Uganda, Venezuela, Jamaica, Quênia e Sudão do Sul.
Cinco programas de biodiversidade estão focando em 100 mil pessoas e 500 mil hectares de áreas protegidas. Cuba receberá US$ 3 milhões para combater práticas de pesca e agricultura insustentáveis.
Já Quênia e Tanzânia deverão aproveitar o apoio da FAO e do GEF para melhorar a segurança hídrica e a resiliência do clima na região do Monte Kilimanjaro.
Vanuatu e Corte Internacional de Justiça
O Programa de Turismo Sustentável da FAO vai apoiar o Estado-ilha de Vanuatu, no Pacífico, para promover bioeconomia.
Vanuatu é um dos países mais ameaçados pela mudança climática.
No fim deste ano, a nação pediu um parecer jurídico à Corte Internacional de Justiça sobre a responsabilidade e obrigação dos Estados com relação à mudança do clima.