Okonjo-Iweala conquista novo mandato como chefe da OMC
A Organização Mundial do Comércio (OMC) confirmou, nesta sexta-feira, 29 de novembro de 2024, a recondução de Ngozi Okonjo-Iweala ao cargo de diretora-geral para um segundo mandato de quatro anos, que terá início em setembro próximo. Esta decisão unânime dos países membros reflete a confiança contínua na liderança da economista nigeriana, que, em 2021, fez história ao tornar-se a primeira mulher e a primeira africana a ocupar tal posição.
A trajetória de Okonjo-Iweala é marcada por notáveis conquistas no cenário econômico global. Antes de sua atuação na OMC, ela serviu duas vezes como Ministra das Finanças da Nigéria e desempenhou papel crucial no Banco Mundial, onde consolidou sua reputação como uma economista de destaque. Sua nomeação inicial para a OMC, em 2021, representou um marco significativo, quebrando barreiras de gênero e origem geográfica na liderança de instituições internacionais.
Durante seu primeiro mandato, Okonjo-Iweala enfrentou desafios complexos, incluindo as repercussões econômicas da pandemia de COVID-19 e tensões comerciais globais. Sob sua direção, a OMC buscou promover o comércio equitativo e sustentável, além de fortalecer o sistema multilateral de comércio. Sua reeleição ocorre em um momento de incertezas, especialmente com a perspectiva do retorno de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos. A administração anterior de Trump adotou medidas unilaterais, como a imposição de tarifas que desconsideravam as normas da OMC, gerando preocupações sobre possíveis conflitos comerciais futuros.
A comunidade internacional observa com atenção os desdobramentos dessa conjuntura. Analistas sugerem que a liderança de Okonjo-Iweala será vital para mediar disputas e promover a cooperação entre as nações membros, especialmente diante de possíveis políticas protecionistas que possam surgir. Sua habilidade diplomática e experiência serão essenciais para manter a relevância e eficácia da OMC no cenário global.
A reeleição de Okonjo-Iweala não enfrentou oposição, evidenciando o apoio consolidado à sua gestão. Entretanto, o contexto político internacional, particularmente as relações comerciais entre os Estados Unidos e outras nações, poderá influenciar significativamente o andamento de seu segundo mandato. A expectativa é que ela continue a promover reformas necessárias e a fortalecer o papel da OMC como árbitro imparcial nas questões comerciais globais.
Em suma, a recondução de Ngozi Okonjo-Iweala à direção-geral da OMC representa uma continuidade de liderança em tempos de desafios e mudanças no comércio internacional. Sua capacidade de navegar por complexas dinâmicas políticas e econômicas será determinante para o futuro da organização e para a promoção de um comércio global mais justo e equilibrado.