Violência em Moçambique persiste apesar de redução de ataques de grupos armados não-estatais
O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários, Ocha, relata que apesar da diminuição de ataques de grupos armados não-estatais em Moçambique, a violência persiste em Macomia, Muidumbe e Mocímboa da Praia.*
Os relatos incluem sequestros no distrito de Muidumbe, assassinato de civis em Macomia e incêndio de casas em Mocímboa da Praia, onde foram registrados saque de alimentos e outros mantimentos.
Medo generalizado
O medo nestas regiões persiste devido aos movimentos dos agentes de grupos armados não estatais. O Ocha indica que no inicio de novembro cerca de 801 pessoas abandonaram suas origens devido ao ataque de 11 de novembro, em Chitoio e Litandacua em Macomia e as aldeias de Mandela e Mapate em Muidumbe.
Em nota, o escritório cita que em alguns casos, os malfeitores prosseguiram com uma abordagem não violenta com as comunidades, uma estratégia aplicada com vista a conquistar corações e mentes das populações. Espera-se que esta tendência continue em 2024, tornando o acesso à população afetada mais difícil.
O Grupo de Trabalho sobre Acesso Humanitário lançará, no início de 2024, orientações aos parceiros humanitários sobre a construção da aceitação comunitária em Cabo Delgado.A escolta continua a ser um requisito para o acesso rodoviário de Macomia-sede a Awasse.
A exigência de escolta na estrada nacional 380 aplica-se a todos os movimentos, incluindo comerciais e humanitários.
O Ocha continua a envolver as autoridades para utilização alternativa às escoltas armadas por parceiros humanitários.
*De Maputo para ONU News, Ouri Pota.